domingo, 17 de fevereiro de 2008

Que País é esse?


Escuta: PCC faz papel de polícia e Justiça em SP

O Primeiro Comando da Capital (PCC), que já distribui cestas básicas e paga os custos das visitas dos familiares aos detentos, faz agora papel de Polícia e da Justiça organizando "tribunais" paralelos. De acordo com escutas telefônicas da polícia, os líderes julgam, condenam e punem pessoas que desrespeitam as regras da facção ou cometem crimes. Os tribunais, que antes eram exclusivos para militantes e simpatizantes da facção, começam a ganhar simpatia de moradores nas periferias das pequenas e grandes cidades do Estado de São Paulo.

Os tribunais são organizados dentro e fora das prisões por meio de ligações de telefones celulares, em teleconferências ou não. Nas conversas, líderes do PCC ouvem as vítimas, acusados e testemunhas. Eles estabelecem sentenças, que vão desde a advertência a um assassinato com crueldade.

Os dois últimos julgamerntos foram em Guaianases, zona leste de São Paulo, e em Araçatuba, a 530 km de São Paulo. Em Guaianases, a sentença resultou na morte de cinco jovens de 18 e 19 anos. Em Araçatuba, a sentença foi pela morte de dois adolescentes; um está desaparecido até hoje.

A preocupação da polícia é que esses "tribunais", que antes eram acionados apenas por integrantes, familiares e simpatizantes da facção, são agora procurados por pessoas sem ligação com o PCC. Comerciantes e moradores de bairros da periferia recorrem à facção quando assaltados ou têm dívidas a receber.

Para manter a polícia à distância, os traficantes da facção recuperam os bens roubados, os devolvem aos donos e ainda organizam "tribunais" para julgar, condenar e punir os culpados, sejam eles do PCC ou não, de acordo com as investigações.

"Nos bairros onde há o domínio dos traficantes, eles não querem a polícia nem a revolta dos moradores, porque senão o tráfico não rende o dinheiro esperado. Por isso é comum eles se fecharem com os moradores, mas isso acontece até mesmo sem ser o PCC", disse o delegado Antonio Mestre Filho, diretor regional do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-5).

Mestre Filho se nega a reconhecer o poder de organização do PCC e alerta para o perigo da exposição da facção na mídia. "Não podemos ver esses quadrilheiros como entidade", diz Mestrinho, embora tenha conhecimento da existência dos julgamentos feitos pelos "tribunais" paralelos do PCC.

"Essas pessoas que não têm ligações com a facção, mas recorrem aos 'tribunais', são vítimas de violência, que não acreditam que a polícia ou a Justiça vá resolver seus problemas", disse o delegado responsável por uma das centrais de escuta telefônica da Polícia Civil no interior de São Paulo, que pediu para não ser identificado.

Segundo ele, está cada vez mais comum ouvir nas escutas casos dessas pessoas que procuram os tribunais da facção. "O PCC agora está julgando até casos de pequenas rixas e até mesmo briga de marido e mulher", disse o delegado. "Isso está entupindo nossas escutas, que cada vez menos captam conversas sobre grandes assaltos e ações do PCC", lamentou.

Como exemplo, ele citou o caso de uma doméstica, que, na semana passada, foi condenada a levar uma surra por trair o marido. O "tribunal" decidiu que o próprio marido poderia aplicar um corretivo na mulher pelo ato de infidelidade. Pelas regras do PCC, ao contrário de crimes que se pagam com a vida, nos pequenos delitos, é o credor ou a "vítima" quem dá a punição ao "infrator", que também é ouvido e dá sua versão, antes de ser penalizado.

A realização dos "tribunais" é facilitada porque nenhum membro do PCC pode praticar um crime, por menor que seja, sem autorização da facção. Com isso, para fazer a cobrança de uma dívida de drogas, por exemplo, o traficante precisa pedir autorização dos superiores e, para aplicar a punição no devedor, precisa convocar o tribunal.

O procedimento é válido para todos os tipos de vacilos. Se for em menor grau - como agressão e pequenas dívidas - o próprio coordenador de bairro, chamado de "disciplina" pode aplicar a pena, mas se é um crime que se paga com a vida - como estupro, homicídio e traição à facção - a punição tem que ser dada a partir da autorização do comando da facção feita por intermédio de um "sintonia", cargo do militante que faz a ponte entre o baixo e o alto escalão da facção.

PS: É triste a constatação que as nossas leis não são cumpridas e por isso os marginais fazem prevalecer, as "suas leis" : Matar ou morrer...

Silvia Fedorowicz



Rio: moradores fazem novo ato por boicote do IPTU

Associações de moradores de bairros das zonas sul e norte do Rio de Janeiro marcaram para esta manhã, no bairro do Méier (zona norte da cidade), mais uma manifestação de boicote ao pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). O ato dará seqüência a um movimento que começou em dezembro passado, na zona sul, e já recebeu a adesão de mais de uma dezena de associações de bairros.

Os organizadores do movimento defendem o pagamento do imposto apenas no final do exercício, em novembro, mesmo com multa, como forma de exercer pressão sobre o poder público municipal em um ano eleitoral.

De acordo com o presidente da Associação de Moradores do Humaitá (bairro da zona sul), Paulo Gifone, "a crescente favelização da cidade e o processo contínuo de desordem urbana" estão na origem do protesto. "Áreas de preservação ambiental não estão sendo respeitadas e a cidade toda está largada. O abandono não distingue mais zona sul, zona norte, zona oeste, é a cidade inteira", afirmou.

Em seu ex-blog, o prefeito Cesar Maia minimizou os efeitos do boicote, ao revelar números parciais da arrecadação do IPTU na cota única, que vence em fevereiro. Entre 1º de janeiro e 11 de fevereiro deste ano, a arrecadação foi de R$ 589,2 milhões, contra R$ 596,6 milhões em igual período de 2007.

A redução seria, portanto, de R$ 7 milhões, mas segundo o prefeito, nos próximos dias virão novos números da arrecadação do imposto em cota única. Os dados divulgados pelo prefeito não levam em conta, no entanto, o aumento de 4,36% no IPTU deste ano, em relação a 2007.

No ano passado, segundo a Secretaria Municipal de Fazenda, quase 50% dos contribuintes pagaram o imposto em cota única, e a outra metade em parcelas mensais. A expectativa da Prefeitura para 2008 é de uma receita de R$ 1,4 bilhão com o IPTU.

A Zona Oeste ainda não esta inclusa, mas assino embaixo

Silvia Fedorowicz

sábado, 9 de fevereiro de 2008


AVÓS

Uma avó, dizem, é uma mãe com açúcar. Um avô é um pai com doce de leite.
Quase sempre os filhos se perguntam por que é que os seus pais, na qualidade de avós, deixam seus netos fazerem coisas que não permitiram a eles, filhos.
Por que é que a avó deixa o netinho pular no seu cangote, dormir na cama entre ela e o avô, se não permitiu isso aos seus próprios filhos?
Por que é que os netos, enfim, gostam, tanto da casa dos avós?
Um garoto de seus nove para dez anos, escreveu certa vez, mais ou menos assim:

-“Uma avó é uma mulher velhinha que não tem filhos. Ela gosta dos filhos dos outros.

Um avô é um homem-avó. Ele leva os meninos para passear e conversa com eles sobre pescaria e outros assuntos parecidos.
As avós não fazem nada e por isso podem ficar mais tempo com a gente.Como elas são velhinhas, não conseguem rolar pelo chão ou correr. Mas não faz mal. Elas nos levam ao shopping e nos deixam olhar as vitrinas até cansar.
Na casa delas tem sempre um vidro com balas e uma lata cheia de suspiros.
Elas contam histórias de nosso pai ou nossa mãe quando eram pequenos, histórias da bíblia, histórias de uns livros bem velhos com umas figuras lindas.
Passeiam conosco mostrando as flores, ensinando seus nomes, fazendo-nos sentir o perfume.

Avós nunca dizem “depressa”, “já pra cama”, “se não fizer logo, vai ficar de castigo.”
Normalmente, as avós são gordinhas, mas, mesmo assim elas nos ajudam a amarrar os sapatos. Quase todas usam óculos e eu já vi uma tirando os dentes e as gengivas.
Quando a gente faz uma pergunta, a avó não diz: “menino, não vê que estou ocupada!” Ela para, pensa e responde de um jeito que a gente entende. As avós sabem um bocado de coisas.
As avós não falam com a gente como se nós fôssemos umas criancinhas idiotas, nem apertam nosso queixo dizendo “que gracinha!”, como fazem algumas visitas.
Quando elas lêem para nós, não pulam pedaços das histórias, nem se importam de ler a mesma história várias vezes.
O colo das avós é quente e fofinho, bom de a gente sentar quando está triste.
Todo mundo devia tentar ter uma avó, porque são os únicos adultos que têm tempo para nós.”

Bom, esta pode ser simplesmente a visão de um menino, mas convenhamos que contém muitas verdades.
Os netos gostam dos avós porque eles são doces. Como a educação deles está sob a responsabilidade dos pais, eles não têm que se preocupar com este detalhe.
Por isso, não se perguntam se está certo ou errado fazer um carinho ou um chamego a mais. Eles simplesmente fazem.
Também porque, ao longo dos anos, amadureceram os sentimentos, amam de uma forma mais serena, com doçura. Por isso fazem aos netos muitas coisas que não fizeram aos seus filhos.
Mesmo porque, quando se tornaram pais, eram jovens, inexperientes, estavam preocupados em sustentar a família, em educar bem os filhos, em tantas coisas que não lhes sobrava tempo para o que hoje fazem com seus netinhos.
Por tudo isso não tenha ciúmes dos avós. Permita que os seus filhos convivam com os velhinhos, que os amem e sejam amados.
Naturalmente, ninguém pretende nem imagina que os avós serão descuidados ao ponto de estragar com mimos exagerados os filhos dos seus filhos.
Contudo, carinho, doçura e atenção de vovô e vovó é algo que todos devemos experimentar. É uma experiência que os seus filhos levarão para as suas vidas e lhes fará bem, nos momentos da adversidade e de solidão.

***

Filhos são espíritos que aportam ao reduto doméstico a fim de que, na qualidade de pais, sejamos-lhes os condutores para o progresso.
Nessa caminhada, não desprezemos as experiências de nossos próprios pais que nos conduziram a vida, até os dias presentes, ensejando-nos ser homens e mulheres dignos.
Bebamos da sua sabedoria e os tornemos nossos aliados, nesse extraordinário e maravilhoso processo que se chama educação. Processo que mais primoroso será, quanto mais amor houver para ser dividido e multiplicado.

O que é uma avó, de autor desconhecido, do livro Histórias para aquecer o coração das mães de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jennifer Read Hawthorne e Marci Schimoff, Editora Sextante -------------------------------------------------------------------------------

Querido leitor


Quando li o texto me vi em vários trechos, e mais uma vez, senti uma imensa onda de amor pelos meus netos, o amor que não sabia dar quando fui mãe.

Que para você seja uma ótima leitura e aprendizado, por isso, deixei aqui... Com muito amor e açúcar!!!

Silvia Fedorowicz