segunda-feira, 31 de março de 2008

Homem que era mulher anuncia estar grávido



O transexual americano Thomas Beatie anunciou estar grávido de uma menina e deve dar à luz em julho deste ano, apesar da oposição da classe médica, de parentes e amigos.

Em depoimento prestado à revista dirigida a homossexuais The Advocate, Beatie, que nasceu mulher, mas trocou de sexo há oito anos, conta que sua mulher de dez anos, Nancy, sofreu uma histerectomia - retirada do útero - no passado e, quando o casal decidiu iniciar uma família, coube a ele engravidar.

"Querer ter um filho biológico não é um desejo feminino ou masculino, é um desejo humano”, disse Beatie, acrescentando que, quando o casal decidiu ter um filho, ele parou de tomar suas doses regulares de testosterona e voltou a ovular naturalmente, não sendo necessário o uso de nenhuma droga para aumentar a fertilidade.

"“Eu sou um transexual, legalmente um homem, e legalmente casado com Nancy", diz ele na revista. Conto com todos os direitos federais de um casamento”.

Quando trocou de sexo, Beatie se submeteu a uma mastectomia - teve seus seios retirados - e iniciou uma terapia com hormônios masculinos.

"Mas mantive meus direitos reprodutivos", diz ele, esclarecendo que a sua mudança de sexo não incluiu nenhuma modificação dos seus órgãos sexuais femininos.

Rejeição

Beatie conta que o casal enfrentou rejeição e chegou a ser recusado por médicos, quando foi procurar inseminação artificial.

“O primeiro médico que procuramos era um endocrinologista especializado em reprodução. Ele ficou chocado com a situação e pediu que eu raspasse os pelos faciais. Depois de uma consulta de US$ 300 ele, relutantemente, fez meus exames médicos”, diz ele.

O médico ainda ordenou que o casal fosse examinado pelos psiquiatras da clínica para avaliar se eles tinham “condições psicológicas” de ter um filho.

Mas, segundo Beatie, poucos meses e alguns milhares de dólares depois, o médico suspendeu o tratamento afirmando que ele e seus funcionários se sentiam desconfortáveis por tratar alguém como ele.

“Médicos nos discriminaram, nos mandado embora por causa de crenças religiosas. Profissionais de saúde se recusaram a me chamar por um pronome masculino ou reconhecer Nancy como minha esposa. Recepcionistas riram da gente”, afirma.

Ao todo, diz ele, nove médicos foram envolvidos no processo, até que eles conseguiram acesso a um banco de esperma. Mas tiveram que optar pela inseminação caseira.

Quando engravidou pela primeira vez, foi uma gravidez ectópica (quando o embrião se fixa fora da cavidade uterina) de trigêmeos, que fez com que ele perdesse os embriões e uma de suas trompas.

“Quando meu irmão soube disso, disse ‘é uma coisa boa isso ter acontecido. Quem sabe que tipo de monstro teria sido?’.” A família de Nancy sequer sabia que Beatie é um transexual.

Segundo Thomas, há até pouco tempo, os vizinhos na pequena comunidade de Oregon consideravam ele e Nancy um casal normal, trabalhador e apaixonado, até que eles decidiram ter o primeiro filho.

Além da comunidade médica local, poucos sabem que ele está grávido de cinco meses, mas ele afirma que está se sentindo “incrível”.

“Apesar de minha barriga estar crescendo com uma nova vida dentro de mim, estou estável e confiante sendo o homem que sou. De forma técnica, me vejo como minha própria ‘mãe de aluguel’, apesar de que minha identidade como homem é constante. Para Nancy, sou o marido dela carregando nosso filho.”
É gente, sinal dos tempos...

Silvia Fedorowicz

sexta-feira, 28 de março de 2008

Buscando Deus

Esta semana assisti a uma palestra numa comunidade Kardecista. O que chamam de centro espírita. Não gosto de usar o termo “espírita”, pois a maioria das pessoas por falta de conhecimento sobre esta filosofia (a cima de tudo Cristã) confundem-na com umbanda, macumba ou alguma religião ligada a magia, idéia esta completamente fora da realidade.

A filosofia de kardec prega a fé raciocinada, ligada a ciência, a lei de causa e efeito, ação e reação denominada “carma” e não admite dogmas. Aliás, o que me chamou atenção para conhecer mais a fundo este tema foram as primeiras palavras de Alan Kardec com as quais me deparei. Ele disse: Se em algum momento a ciência tiver alguma prova em contrario ao que explica o espiritismo, fique com a Ciência.

Não estou aqui para pregar ou defender esta doutrina, longe disto afinal de contas sou uma agnóstica assumida. Sempre que me perguntam qual minha religião respondo que sou um “ser procurante”. E como religião vem do verbo religare que significa religar-se, também procuro algum dos muitos caminhos que levam a Deus.

Não vou descrever aqui as palavras do palestrante, mas as idéias lançadas que tenho certeza instigaram muitos dos presentes naquele evento assim como eu a meditar sobre o assunto. Que é o momento que estamos vivendo ou pelo qual nosso planeta esta passando com a natureza reagindo a nossa falta de cuidado e respeito, pois é inegável o alerta que recebemos com tantas catástrofes naturais, geleiras derretendo, chuvas aqui secas ali. Sem falar no absurdo que é em pleno século XX pessoas morrendo por causa de um mosquito como esta epidemia de dengue que assola o Rio de Janeiro.

O desequilíbrio emocional cada vez maior que vemos noticiado todos os dias. Crianças cruelmente torturadas crimes e suicídios ...é deprimente....aliás este outro mal que atinge um numero cada vez maior de pessoas. Em resumo, o caos se estabelece.

E neste momento todos correm aos templos cada vez mais necessitados de fé.

E aí lembro do que li sobre Jesus, seus exemplos, seus ensinamentos. Impossível ser Cristão na verdadeira acepção da palavra, pois tão longe estamos da evolução espiritual ou moral para podermos nos dizer verdadeiramente Cristãos.

A humanidade até hoje discute e até mesmo deturpa magníficos ensinamentos. Quem consegue amar verdadeiramente seus inimigos? Perdoar sinceramente a todas as ofensas recebidas? Entre tantos outros exemplos que ele nos deu....

Mas... podemos caminhar nesta direção pois tenho certeza de que neste momento, mais do que nunca estamos precisando de Deus e conheço apenas dois caminhos. E a escolha cabe a nós o caminho da dor ou o do amor.