quinta-feira, 3 de abril de 2008

Judas Iscariotes

Hoje quando ouvi uma frase tive vontade de começar a pesquisar sobre este assunto

A frase era: A verdade prevalecerá.....quem sabe ....

A muito tempo deixei de fazer julgamentos de qualquer natureza

Evangelho segundo Judas é publicado pela 1ª vez

Um documento trazendo o ponto de vista de Judas Iscariotes sobre a crucificação de Cristo foi publicado nesta quinta-feira nos Estados Unidos pela revista National Geographic.

O Evangelho Segundo Judas data entre o século 3 e 4 e acredita-se que o documento, um frágil papiro de 31 páginas, seja uma cópia de um original escrito por volta de 150 dC.

Ele foi descoberto em Beni Masar no Egito durante a década de 1970 e foi escrito originalmente em cóptico (antigo idioma egípcio). A única cópia do texto foi conservada, autenticada e traduzida agora para o inglês.

Gnósticos
O documento mostra Judas como um personagem benéfico, o favorito de Jesus, que teria colaborado com os seus planos para salvar a humanidade.

Essa visão é semelhante à dos cristãos gnósticos, um grupo de religiosos do 2º século que rivalizava com a Igreja.

Os gnósticos foram denunciados como hereges em 180 dC. Eles acreditavam que Judas seria de fato o mais iluminado dos apóstolos e teria proporcionado a possibilidade de a humanidade ser redimida através da morte de Cristo. Sendo assim, Judas mereceria gratidão.

A visão dos gnósticos teria sido escrita em grego em um documento datado de 150 dC. Pesquisadores cogitam a possibilidade de que o documento publicado nesta quinta-feira seja uma cópia deste texto.

O Evangelho Segundo Judas foi adquirido no ano 2000 pela fundação suíça Maecenas Foundation for Ancient Art, que iniciou sua tradução. Acredita-se que a National Geographic tenha pago cerca de US$ 1 milhão pelos direitos de publicação.

Depois de há dois mil anos ter semeado a discórdia entre os primeiros cristãos, o Evangelho Segundo Judas, com o nome do apóstolo que traiu Jesus, veio à lume na Suíça, onde está a ser traduzido por uma equipa dirigida por Rudolf Kasser, da Universidade de Genève. O manuscrito de papiro redigido em copta, antiga língua dos cristãos do Egipto, deverá surgir em alemão, inglês e francês no espaço de um ano, segundo a Fundação Maecenas para a Arte Antiga, de Basileia. "Acabámos de receber os resultados dos testes e chegámos à conclusão de que o texto é ainda mais antigo dos que pensávamos, remontando a um período compreendido entre o princípio do século III e o princípio do IV", explicou Mario Jean Roberty, director deste organismo.

A existência do Evangelho Segundo Judas, cujo original está provavelmente escrito em grego, foi atestado pelo primeiro bispo de Lyon, Santo Irineu, que, no meio do século II, o denunciou num texto contra as heresias. "É a única fonte clara que permite saber que o Evangelho existiu" - diz Mario Jean Roberty, que não se quis pronunciar sobre o conteúdo do texto antes da sua publicação. "Ainda não quisémos revelar o lado excepcional daquilo que temos entre mãos", acrescentou. Segundo a tradição, Judas entregou Jesus aos romanos que o crucificaram. Arrependido, ter-se-ia enforcado "Não se enforcou, porém, no seu próprio Evangelho", ironiza o especialista." O mistério permanece no que se refere aos autores da obra, descoberta no Egipto há cerca de meio século e comprada pela fundação suíça em 2001. "Ninguém pode afirmar que Judas em pessoa o terá escrito", refere Roberty, acrescentando que os outros evangelhos não saíram provavelmente também da pluma dos supostos autores." No concílio de Niceia (Turquia), reunido em 325 por iniciativa do primeiro imperador romano cristão, Constantino, a Igreja nascente considerou apenas os quatro evangelhos como transmissores dos ensinamentos de Cristo. Somente os textos atribuídos aos evangelistas Marcos, João, Lucas e Mateus se mantiveram. Uma trintena de outros textos foi afastada, por serem considerados "inconciliáveis com aquilo que Constantino queria manter como doutrina política", salienta Roberty. Contrastando com eles, o texto de Judas "põe em causa princípios políticos da doutrina cristã, permitindo uma certa reabilitação da personagem: "Judas é uma das justificações do cristianismo na sua visão anti-semita",

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