sábado, 15 de setembro de 2007

Cultivando o amor à literatura




O gosto pela leitura não nasce com as crianças, mas pode ser desenvolvido com a ajuda de pais e educadores. O bom professor deve semear nos alunos o amor pela literatura.Poucas crianças têm o hábito de ler em nosso País. A média é de um livro para cada criança brasileira, anualmente. A maioria tem um primeiro contato com a literatura, apenas quando chega à escola. E a partir daí, vira obrigação, pois, infelizmente, muitos de nossos professores não gostam, nem conhecem as técnicas da literatura e impõem a leitura, sem levar em conta o gosto e a faixa etária da criança. Muitas vezes, o livro indicado pelo professor está além das possibilidades de compreensão da criança, em termos de tema e linguagem. A literatura não existe só para cumprir o papel de ensinar, mas muitas vezes é utilizada como "muleta" pelo professor. Em parte, isso se deve à triste realidade de nosso País, em que o hábito de leitura se restringe a uma pequena classe social que pode comprar livros.A literatura é uma arma poderosa. Lendo, a criança adquire saber, amplia sua visão de mundo, enriquece o vocabulário, desperta sua sensibilidade, criatividade e escreve com mais facilidade. Além de ingressar num mundo de fantasia a ser descoberto, onde deparam-se com histórias que divertem, fazem sonhar, suscitam dúvidas, dão respostas, apresentam novas emoções.Não está só na escola a responsabilidade de formar o leitor. Todo esse fabuloso processo deve ter início no lar, quando a criança ainda é pequena. Mais tarde, ao se alfabetizar, já será um leitor em potencial. A grande dificuldade encontrada pelos pais e educadores é que a criança não quer saber de nada disso: o que ela quer é brincar, ter prazer, ser feliz... Criança quer distância de obrigações. Tudo bem! O livro também serve para isso, basta transformá-lo numa brincadeira divertida. Veja como:- Quando os pais lêem, tudo fica mais fácil. As crianças adoram imitar os adultos e o fato deles ficarem concentrados nesta atividade já desperta a curiosidade delas.- Os livros podem ser apresentados à criança bem cedo, desde os seis meses de idade é possível. Uma excelente opção são os livros de pano, de plástico ou cartonados. Não rasgam, são resistentes e laváveis.- Não repreenda a criança pequena se ela rasgar o que lhe cair nas mãos. Está na fase. Deixe ao seu alcance revistas velhas, gibis e qualquer material impresso que possa ser amassado ou rasgado, sem grandes prejuízos. Mais tarde, quando ela perceber que o livro deve ser bem tratado porque contém uma bela história, que poderá ser repetida muitas vezes, aprenderá a não destruí-lo.- Para descobrir o que é apropriado para a idade da criança, basta ir a uma livraria especializada e conversar com vendedores especialmente treinados para orientá-lo na escolha certa. Leve a criança e deixe que ela ajude na decisão. Ela pode se encantar com uma ou outra capa colorida, o que é um dos motivos para a escolha do livro. Afinal, o que importa é chamar sua atenção.- Na faixa dos três a cinco anos de idade, a criança costuma adorar contos de fada que falam de princesas, madrastas e reis que, segundo a interpretação dos psicanalistas, correspondem às figuras do pai e da mãe, por quem a criança se apaixona nessa idade e cuja vivência ela precisa ter para crescer. Estas histórias colaboram para que seus sentimentos de ciúme, inveja e amor sejam vivenciados. Já os adolescentes gostam de aventuras, tudo que lhes mostre como é possível superar os problemas e que, afinal, eles são comuns a todo mundo.- Aproveite as situações e invente historinhas, cujos personagens se identificam com as pessoas da casa ou da escola, com bichinhos, etc., tudo o mais próximo do dia-a-dia da criança.- É muito bom que os pais ou professor participem da leitura, interessando-se pelas gravuras, perguntando à criança se gostou da história. Mas nada de questionários intermináveis que testam a compreensão do texto, e que associam leitura a dever, criando uma barreira à imaginação. A palavra está lá para ser compreendida e aproveitada. Só que cada criança compreende de uma maneira diferente, dependendo da vivência e sensibilidade de cada uma.Na escola, o material de leitura deve ser selecionado obedecendo a uma gradação e seqüência de acordo com a faixa etária, o gosto e a preferência dos alunos. Para facilitar o interesse, a aceitação e daí o gosto pela leitura, não esqueça a correlação com o real de suas vidas, o contexto sócio-cultural em que vivem.O bom professor é sempre um bom leitor e um incentivador da leitura. Para tal, deverá criar situações que estimulam os alunos para gostar de ler. Ele poderá estabelecer com a classe alguns horários destinados a atividades preparatórias ou que estimulem a leitura. Eis algumas sugestões:• Combinar com a classe um dia e hora para ouvir e contar histórias.• Preparar e executar, perante os alunos, a leitura expressiva de uma história curta.• Pedir a leitura de um mesmo livro, por bimestre, para toda a classe ou um livro para cada grupo de alunos.• Incentivar a livre escolha de um livro da biblioteca de classe, ou da escola, para ler em casa.• Brincar de teatrinho, dramatizando histórias lidas.Através da literatura, a criança vive, revive, conta a história de novo para si mesma. Nesse movimento, vai desenvolvendo a imaginação e o próprio discurso. Ela ganha uma arma para dar certo na vida, porque é dona da palavra. E ganha uma arma para se afirmar como sujeito pensante, criativo e capaz de modificar a realidade, criticá-la e enfrentá-la. Ganha espaço e capacidade de ser respeitada. Por mais texto que tenham os livros de literatura, por mais rico que eles sejam, sempre deixarão espaço para a criança imaginar. Serão sempre: um convite ao sonho.
Fonte: Yahoo
Obs: Tenho netos, e sei justamente por isso, o quanto é importante ler e ajudar esses pequenos.Achei a mtéria digna de repasse, e não dou o credito com nome, pois me chegou praticamente assim, sem nenhuma assinatura a idéia inicial.
Silvia Fedorowicz

Um comentário:

Carlos Alberto Lopes disse...

belo trqbalho
parabens.....

sepol